23 de julho de 2014





Cap. 06


Já havia seis semanas que estava estudando sobre autismo, me tranquei no quarto não dando atenção a mais ninguém, nunca imaginei que chegaria a fazer algo do tipo, mas até que estou dando uma de bom estudante.
Através de muitos estudos realmente descobri que não há cura, mas me comprometi a ser o primeiro médico da história a encontrá-la. Irei curar Demi nem que leve todos os dias de minha vida. Taylor me ajuda no que preciso e ainda chamei um amigo da biomedicina para me ajudar nas pesquisas laboratoriais.
Meu último encontro com Demi foi aquele na sala do hospital, nem Selena nunca mais apareceu, mas hoje decidi vê-la e mostrar tudo o que sinto por ela, sem nem mesmo saber explicar, saber de onde vem e porque veio, mas aqui esta. Sou dela e agora vivo por ela, preciso então ouvi-la dizer que sente o mesmo por mim, mesmo depois do que fiz.
Troquei-me vestindo uma jaqueta, arrumei o cabelo, coloquei um óculos escuro e comprei uma rosa branca, vou tentar jogar meu charme, tenho certeza que não vai resistir.
Ao chegar no apartamento toquei a campainha, sabia que ela atenderia, pois estudei muito bem o horário que nem Miley e Selena estariam. Não demorou muito para a porta ser aberta e então poder ver meu anjo que a tanto tempo não via, tão linda e singela. Estava sem expressão, porem um pouco assustada.
-Boa Tarde Demi, trouxe pra você. – Entreguei à rosa. – Como pedido de desculpas por ter sido um imbecil e também como melhoras. Como está?
Ela de inicio não me respondeu, me olhava como que tentando decifrar algo:
- Não estou entendendo Joe, o que você quer?
- Quero que me perdoe, vim aqui para isso. Estou arrependido de tudo o que falei, acredite em mim.- Ela permaneceu em silêncio. – Posso entrar?
-Acho que não é uma boa idéia.
- Então vamos dar uma volta, ainda está cedo e o sol não está forte, podemos tomar café da manhã juntos, está com fome?
Demi deu um suspiro forte, olhou para os lados um pouco impaciente, agora que compreendia sobre o autismo conseguia ver os sinais com facilidade.
- Tudo bem Joe, só espere eu me trocar.
Dei um passo a frente com o maior sorriso do mundo para entrar, mas ela fechou a porta na minha cara. Porque mulheres tem que ser tão complicadas? Eu não ia fazer nada com ela lá dentro.
Fiquei uns dez minutos esperando até me cansar e sentar no chão ao lado da porta, então finalmente Demi sai de dentro da casa trancando a porta:
- Vamos? – Colocou as chaves dentro da bolsa.
Me levantei radiante com tamanha beleza:
- Está linda! – Demi estava com uma calça legue preta e uma blusa solta branca com vermelha e os cabelos amarrados no topo da cabeça com o conhecido “rabo de cavalo”. Ela é linda.
Dessa vez não a levei no café, há tempos não vou lá. Fomos para fora dos muros da faculdade e a levei para praia mais próxima que tinha, em um quiosque que costumava ir quando mais novo. Lá é um ambiente tranqüilo e familiar, sabia que iria gostar.
Sentamos de frente para o mar e logo vieram trazer o cardápio.
- Vou querer um capuccino. – Falei antes mesmo de recebê-lo, Demi deu uma olhada e pediu uma salada de frutas com leite condensado.
- O mar hoje está calmo. – Disse vidrada nas ondas que se quebravam próximo a areia.
- Costumava vim aqui quando criança com meus pais e irmãos e sempre dizia isso.
- Você não parece ser do tipo familiar.
- Confesso que fui crescendo e mudando, minhas amizades não foi a das melhores, mas pra minha sorte essa mudança continua constante e graças a uma pessoa é pra melhor.
- Que bom então. Fico feliz por você.
- Sei que fica. – Ela continuou a comer sua salada e comecei a observar, não conseguia compreender como conseguia ser tão linda, havia uma força maior que me prendia a ela, como se para me abastecer ela fosse minha fonte. – Demi obrigado por ter me perdoado, mesmo sem merecer você foi muito gentil comigo e também por ter aceitado meu convite.
- Não precisa agradecer Joe, confesso que fiquei triste, magoada, mas são águas passadas, não sou de guardar rancor isso não faz bem a ninguém.
- Sei melhor que ninguém que isso é verdade. Mas me diz Demi você me perdoou mas porque aceitou vir comigo?
Ela continuou comendo como se tivesse ignorado minha pergunta.
- Acredito em você. Sei que quer ser diferente. Desde quando te vi pela primeira vez.
- Você passou a acreditar em mim, antes mesmo de eu acreditar. Você me trouxe esperança Demi e serei eternamente grato.
- Você fala como se fosse embora pra nunca mais voltar.
- Jamais faria isso, nem se você quisesse, não tenho forças pra ficar longe de você.
- Por favor Joe, não comece.
- Perdão Demi, só que você se tornou meu porto seguro, meu motivo de mudança, motivo pra continuar a viver de uma forma diferente, melhor pra mim mesmo. Você me faz tão bem...
Tirei uma mexa de seu cabelo colocando atrás da orelha, toquei sua pele, tão macia, quente, suas bochechas estavam rosadas a deixando mais linda, como se fosse possível, tocar seu rosto me pareceu a melhor de todas as aventuras, fazia carinho sem conseguir tirar os olhos de tamanha beleza que se encontrava em minha frente, ela apenas fechou os olhos, parecendo aproveitar o momento, sentia que como eu estava gostando daquela proximidade, seus pêlos estavam arrepiados e nossa respiração estava pesada se misturando uma na outra.
Levantei seu queixo, olhando no mais profundo de seus olhos e aos poucos fui me aproximando, ela não recuou, foi o que precisei pra sentir seus lábios tão doce nos meus, senti meu estômago arder, minhas pernas ficaram fracas, quando senti sua língua, tive total certeza, de que não havia nada mais certo do que aquilo, naquele momento, era o melhor beijo da minha vida, senti amor, paixão, doçura, ingenuidade, Demi finalmente era minha e sempre seria.De repente, eu sabia que nunca havia sentido algo tão forte por outra pessoa como acontecia  naquele momento.
- Amo você Demi Lovato!
Ela sorriu entre o beijo:
-Amo você Joe Jonas.

Me senti o homem mais feliz do mundo, Aquelas poucas palavras mudaram toda minha vida, minha essência, nunca imaginei que chegaria a ser um bobo apaixonado, mas sim me tornei um, e essa é a melhor sensação que existe, a de amar e saber que é amado.

10 de julho de 2014


Pessoal temos uma nova leitora brunna gabriela gostaria d pedir p q vcs dessem uma olhada em seu blog q é divoo, digno d uma lovatic <3







Cap 05


Cheguei ao hospital já sem fôlego, perguntei a primeira enfermeira que vi sobre Demi.
- Posso saber o que é dela?
- Sou namorado.
- Assim, tudo bem. Ela já está melhor tomou os medicamentos que não havia tomado hoje, tiramos sangue pra fazer alguns exames, mas não se preocupe que ela já está fora de riscos, foi só mais um dos grandes sustos. – Me deu um sorriso acolhedor.
- Me diga, por favor, o que a Demi tem?
Ela me olhou espantada, como se a pergunta que tivesse feito fosse o fim do mundo.
- Você não sabe o que sua namorada tem?
- Também acho estranho então pode me dizer?
- Sr., Demi é autista.
Todo o mundo parou e sua voz ficou ecoando em minha mente. Demi é doente? A enfermeira se assustou com meu estado e veio falar comigo, mas apenas me afastei saindo do hospital procurando ar.
Me senti um inútil idiota, enganado. Minhas pernas estavam bambas, não conseguia acreditar que a única garota que me fez começar a ver as coisas diferentes não é normal. Sentia ódio dela e de todos que diziam ser meus amigos porque me enganaram. Minha vontade era de jogar todo esse sentimento na cara dela, por ser uma falsa, com aquele olhar ingênuo, mas que é como as outras, na verdade pior, Jehn com certeza é mais mulher que Demi. Olhei com convicção para o céu e decidi que era isso que faria.
Voltei com passos largos e duros para dentro do hospital, perguntei pra recepcionista o número do quarto e fui em direção ao quarto. Ao me aproximar da porta Kevin aparece me puxando para trás.
- O que está fazendo aqui? – Perguntou quase que num sussurro.
- Me solta! – Gritei. – Vou falar com aquela hipócrita agora!
- Pare de gritar. De quem você está falando?
- Da Demi, e de você também, de todos vocês que mentiram pra mim.
- Joe pode ser mais claro?
- Vocês esconderam de mim sobre a doença de Demi.
- Você não sabia? Deixa de ser idiota, só de olhar pra ela se percebe.
- Ela pra mim parece ser bem normal. – Disse exaltado, mas sem gritar como antes.
- Todos sabem, vai me dizer que você é a única pessoa da face de terra que não sabia? Deixe de se fazer de vítima, porque ela precisa de alguém que a ajude e apóie, ou você acha que é fácil lhe dar com essa doença?
- Mas como nunca percebi?
- Você é um burro, idiota que só olha pro seu próprio umbigo, se preocupar com os outros não está na sua lista de prioridades.
- Porque então ainda fala comigo?
- Porque por ser seu amigo irmão não desisto de você.
O olhei bem e vi que estava sendo sincero, o conheço muito bem.
- Preciso falar com ela! – Abri a porta entrando não dando oportunidade de me impedir.
A sala até que era grande, confortável e arejada. Demi estava deitada na maca, por um instante até pensei que estivesse dormindo, mas logo que percebeu a presença de alguém virou-se para a porta, estava tão pálida, com olheiras fundas e fraca, mas mesmo assim me acolheu com um sorriso.
- Não imaginei que viesse..- Disse com a voz falha.
Naquele momento me deu uma vontade tão grande de correr para os seus braços e lhe dar todo carinho e atenção, de cuidar dela, lhe dar muitos beijos, mas não era isso que deveria acontecer.
- Porque você não me falou ?
Ela me olhou sem entender, mas aos poucos parece que tudo foi ficando mais claro, pois sua feição foi mudando.
- É claro... está explicado porque você ficou tanto tempo comigo, se soubesse nem teria se dado o trabalho de saber meu nome. Me desculpe por ter sido uma perca de tempo pra você.
- A questão não é essa, não tenho preconceito ou seja lá o que está pensando, só podia ter me avisado, eu acreditei em você, vi em você uma luz que nunca vi em lugar algum, mas agora te vendo, você perdeu todo seu brilho.
- Você queria que eu dissesse: cuidado sou doente não se aproxime de mim!? Ta na cara que eu não sou como as outras garotas... olha pra mim!
- Eu estou vendo Demi, quem tem problema aqui não sou eu! Quer saber a verdade, cansei... cansei de tudo e de todos, cansei de você... você nunca me daria o que eu preciso mesmo.
Demi ficou paralisada me olhando assustada, como se estivesse sendo difícil absorver tudo o que tinha dito, mas não estava mais aguentando guardar tudo isso só pra mim, confesso ser um pouco explosivo.
Como não disse mais nada e eu também não tinha nada a dizer dei as costas batendo a porta.
- O que você fez Joe?
- Me deixa Kevin!
Sai daquele hospital o mais rápido que pude, praticamente correndo.
Cheguei em casa me jogando no sofá, minha cabeça explodia, então me lembrei do que Kevin disse sobre minha lista de prioridades e logo depois o que Demi disse:
“A partir do momento em que você investe tempo, energia e dinheiro com algo, ele se torna importante pra você. É difícil se importar com algo em que não se investiu.”
O sorriso dela veio em minha mente, como conseguia ser tão linda, e nunca demonstrou ter algum problema, mas sim mostrou ser saudável.
Peguei o notebook e fui pesquisar sobre Autismo que confesso saber muito pouco, praticamente nada resumindo.
Lendo os sites que encontrava me dava um aperto no coração, pois pude relacionar tudo a ela: Ler sempre os mesmos livros, não conseguir olhar nos olhos, déficits de atenção, resistência ao contato físico, fixação por movimentos, mudanças de humor repentinos. Realmente sempre esteve na minha cara mas nunca percebi. Sou um idiota, concordo com todos.
Naquele momento percebi que pela primeira vez na vida estava realmente me preocupando com alguém que não fosse eu, investiria em Demi e iria curá-la, mas me sentia tão perdido por não saber por onde começar....

Estava em frente a porta de mármore já impaciente, havia tocado a campainha três vezes, mas não podia dar meia volta, talvez a solução para Demi estivesse dentro desta casa que me parece ser bem aconchegante. Toco mais uma vez, prometendo a mim mesmo ser a última, então começo a ouvir passos rápidos vindo em minha direção.
-Desculpa eu estava no ban... Sr. Jonas? – Sr. Brehn me olhou espantado.
-Desculpe incomodar mas será que podemos conversar?
Ele me olhou com ar duvidoso, me dando espaço para entrar.
-Deseja comer ou tomar alguma coisa?
- Não, estou bem assim, obrigado. – Disse o acompanhando até o fundo da casa, onde se encontrava uma mesinha com quatro cadeiras de ferro bem trabalhadas, no meio do quintal gramado.
- Não costumo receber visitas de alunos, ainda mais de alunos como você, e já digo de antemão que aqui não sou professor por isso não tiro dúvidas, mas vindo de você duvido que tem algo haver com estudos.
Nos sentamos de frente um para o outro, não sabia muito bem por onde começar:
- Bem ... Sr., eu gostaria de saber qual é a cura para o autismo.
Ele me encarou bem, um pouco intrigado com minha pergunta:
- Sei que não tenho nada haver com sua vida, mas posso perguntar o motivo para tal pergunta?
- É algo muito pessoal Sr. Brehn, gostaria que não se importasse se não o responder.
Ele hesitou por um tempo e simplesmente falou:
- Não há cura. Infelizmente. – Disse abaixando o olhar.
Ok, aquela resposta foi um baque pra mim, o que iria fazer agora? Ficamos os dois em silêncio por um bom tempo:
-Mas deve haver alguma coisa que se possa fazer... Precisa ter...
- Olha Joe, pode ter plena certeza que se tivesse eu saberia. Mas a única forma tratamento atrás de tratamento, a pessoa se tiver sorte pode melhorar aos poucos, mas curada ela não fica.
Abaixei a cabeça passando as mãos pelo rosto como que tentando tirar aquela sensação de mim, literalmente estava sem saber o que fazer.
- Por favor Sr., preciso fazer alguma coisa, não posso ficar parado.
- Sr Jonas, você quer me dizer o que está acontecendo? – Me deu um olhar encorajador.
- Eu me apaixonei, essa é a verdade. Neste mundo imenso existe uma única mulher que foi capaz de me provar que há um coração dentro de mim, mas eu estraguei tudo.
- E o que autismo tem haver com isso?
- Ela é autista.
Ele pareceu desconfortável com aquela revelação, fechou as mãos em frente a boca erguendo a enorme sobrancelha ( os pêlos que não tem na cabeça, tem de sobra pelo resto do corpo) :
- Sr. Jonas, não é por nada, acredito que essa moça deve ser encantadora, mas... o conhecendo da forma que conheço e junto com todo o conhecimento que tenho sobre a doença, você não faria bem a ela, um autista precisa de cuidados e atenção.
- Eu sei e estou disposto a tudo por ela, ninguém acredita que sou capaz, mas ela sim, sempre apostou em mim e não vou decepcioná-la.
- Me surpreendo com sua atitude, mas tome cuidado, digo isso porque tenho um membro da família autista, a acompanhei desde quando a doença foi descoberta, quando tinha apenas dois anos, é muito delicado e acredite passamos por altos e baixos.
- Sinto muito Sr, não sabia. Mas me diga, o que posso fazer?
- Não há nada a fazer.
- Me perdoe mas se o senhor já perdeu sua energia e desistiu eu digo que estou cheio dela e vou lutar com ou sem sua ajuda.
Me levantei entrando dentro da casa para poder ir embora, mas ao passar pela sala principal me deparo com um porta retrato de Demi, então tudo pareceu se ligar.
- Demi é sua filha? – Ele me olhou surpreso com certeza não imaginava que a conhecesse.
- Você estava falando de Demi? – Ficamos os dois parados tentando absorver tudo o que estava acontecendo. – Na verdade é minha afilhada, mas para mim é como minha filha, por isso Joe esqueci, deixe Demi em paz.
- Isso jamais, mas se quiser recuperar as forças e vim lutar ao meu lado por ela, estarei aqui.
Eu mesmo abri a porta e sai indo em direção a biblioteca da faculdade. Ao entrar me senti perdido no meio de tantos livros, nunca estive aqui na verdade. Perguntei onde ficavam os livro de medicina para a recepcionista.

Subi uma escada no final do corredor que me levou a uma sala imensa com enormes prateleiras cheias de livros, então comecei minha busca desenfreada pelo que procurava.


Continua....

Desculpem pela demora mais minha net deu problema d novo se por acaso isso voltar a acontecer vcs ja sabem o motivo... Cont acompanhando e comentando muitooooo kk bjokas

Respondendo os Comentários:

diana - Demi realmente deu um susto em tds, mas agr vc já sabe o q ela tem kk// 
Mirely Bonfim - Obg, é mt bom saber q está gostando ;)
Fabiola Barboza - Obgadinhuu... cont acompanhando !!
Tatiane Luiza - Agr q vc descobriu o q Demi tem cont lendo, espero q goste do desfecho #
Stephane Gabrielle - Demi realmente estava estranha, vms ver agr o q Joe vai fazer né k
brunna gabriela - Q bom q vc está por dentro do nosso blog, cont atenta q ainda há mts histórias pr serem postadas \o/\o/

2 de julho de 2014




CAP 04


Conversava com Taylor logo depois de mais uma prova, ele é um cara legal, não é mulherengo como eu, mas é divertido, gosta de uma bagunça e ainda consegue ser responsável. Pode-se dizer que da sala é meu único amigo se precisasse de ajuda é a ele que pediria, mesmo tendo um papo estranho de que espera a mulher certa, alguém que ele realmente se interesse. Quando o último aluno saiu da sala o sr.Brenh veio nos encontrar com as provas nas mãos.
- Não foi ao café Sr. Jonas.
- Sabe muito da minha vida não é mesmo Sr. – Ri sarcasticamente. – Não sabia que a sua pudesse ser tão desinteressante assim.
- Se fosse o Sr. Tomaria cuidado com as brincadeiras, não se esqueça que sou eu que irei corrigir sua prova. – Me devolveu o sorriso e saiu.
Taylor começou a rir, e não encontrei nenhum motivo para tanta risada.
-O que foi? Qual é a graça?
- Você já viu a filha dele? É uma gata. Seria incrível se um dia ele se tornasse seu sogro.
- Você está louco! – Como estávamos sentados no degrau da escada bati na madeira o fazendo rir mais. – Isso jamais. Não vejo à hora de terminar esse período pra não precisar mais ver aquela careca.
Olhei para frente onde se encontrava uma sacada enorme e pude ver Demi indo em direção ao mesmo banco de sempre.
- Olha só preciso ir, não posso deixar o costume tenho que tomar meu café, Melissa deve estar sentindo minha falta.
- Ela e o restante da faculdade né.
Desci as escadas rindo, muitas garotas passaram a frequentar o café depois que descobriram minha rotina, o bom é que agora nem preciso de tanto trabalho já que elas vêem ate mim.
Quando cheguei em frente ao café vi meu anjo sentada folheando seu livro, dessa vez estava com uma saia longa até os pés, uma sandália de salto plataforma e uma blusa de manga ate o pulso um pouco transparente azul, amo observá-la. Fui chegando lentamente para não assustá-la.
- Bom dia Demi! – Ela me recebeu com um sorriso e instantaneamente dei outro com a mesma grandeza, não pude evitar. – Não cansa de ver o mesmo livro todos os dias no mesmo horário e lugar?
- Como sabe? Anda me observando? – Deu um sorriso que pra mim foi sexy.
- Na verdade sim. – Falei simplesmente a fazendo rir. – Porque não tira os olhos desse livro e olha pra mim? – sentei ao seu lado.
Ela de repente ficou nervosa, tentou não demonstrar, mas percebi. Ela se silenciou, sua respiração ficou pesada e aos poucos foi se virando até que pela primeira vez seus olhos encontraram os meus, rapidamente ela desviou para o lado, foi tão rápido, mas não consigo explicar o que senti no momento é como se um desfibrilador tivesse com carga máxima em meu coração, que estava gritando estridente dentro do peito e chegaria a acreditar que ela o estava escutando.
Ficamos em silêncio por um instante, não sabia em que estava pensando ou se havia sentido o mesmo que eu, a olhando de perfil pude ver que estava se acalmando diferente de mim que quanto mais a olhava mais a desejava. Demi então se virou para mim e deu um belo sorriso.
- Está contente agora? Estou olhando pra você.
Estava nervoso, isso é tão estranho então apenas sorri um pouco sem graça, foi quando notei quase saindo de sua bolsa um pequeno livro de poesias.
- Gosta de poesias? – Seguiu meu olhar, tirou o livro e me entregou.
- Gosto de Fernando Pessoa.
- Detesto poesia. São muito melodramáticos e pregam algo falso.
- Os poetas pregam a vida, ela é falsa? – Não respondi, sei que não iria adiantar discutir. – Há poemas que nos remetem a descobrir e sentir coisas que estão dentro de nós que nos recusamos a aceitar, existe o mistério, sarcasmo, a paixão, nos faz ser mais humanos e pensar que se não aceitamos viver tal sentimento a outra pessoa possa vive-lo intensamente... – Demi falava com amor como se realmente sentisse tudo isso, porem parecia que o que estava dizendo era pra mim, pois nesse momento me lembrei das garotas com quem costumava passar as noites, lembrei-me de Miley – Você não pode sentir isso porque não sabe o que é amar...  Nunca amou uma mulher, seus amigos, seus momentos e sua vida, se o tivesse feito daria valor ao que tem. Tem pessoas que nascem com sorte e não sabem como desfrutar dela. Lembre-se Joe quem não luta por alguma coisa, cai por qualquer coisa.
Aquela última frase ficou martelando em minha mente, não entendi muito bem o que ela quis dizer mais um dia eu acabo descobrindo... espero. O relógio da faculdade deu doze badaladas, foi o prazo para o pátio encher de alunos.
- Aceita ser minha companhia para o almoço?
Demi pensou um tempo longo demais pra mim, mas deu um sorriso e acenou com a cabeça que sim.
Fomos a um restaurante um pouco distante da faculdade, no caminho enquanto dirigia tentava puxar assunto, algo sem sucessão, então decidi ligar a radio começou a tocar Coldplay, Paradise. Demi começou a fazer som seguindo a melodia da musica, fechava os olhos e parecia viajar, estava tão linda e singela, que me esqueci por um instante que precisava olhar para frente.
- Gosta dessa música? – Uma pergunta idiota eu sei, principalmente porque estava na cara a resposta, mas tudo pra podermos ter uma conversa.
- Sim. Sinto como se fosse feita pra mim.
- Legal se identificar com uma música. - Demi então começou a cantar baixo, mas pude notar como tem uma voz linda.
-Uau! Alem de tudo você canta muito bem.
Riu sem graça.
- A música me ajudou muito, me sinto bem com ela.
- Ajudou em relação a que? – perguntei dividindo meu olhar entre ela e a estrada.
A garota ficou em silencio observando suas mãos e nada falou, percebi um olhar triste, pelo visto deve ser algo que afetou sua infância, então não quis insistir. Estacionei o carro, desci de pressa e abri pra que ela saísse.
-Obrigada Sr. Jonas. – No momento me lembrei do professor Brenh, mas não há como comparar essa voz doce e aveludada com uma voz grossa e cascuda. Dei o braço para que pudéssemos entrar juntos, ela apenas ria de minhas atitudes acho que estava conquistando.
O almoço foi muito agradável, Demi é uma ótima companhia, apesar de falar pouco estava atenta ao que dizia e sempre ria de minhas piadas sem graça.
Estávamos comendo comida italiana, ou seja, macarronada. Enrolava os espaguetes cheios de queijo no garfo e os colocava na boca, parecia ser o mais gostoso de todos que já comi.
- Quero que você me diga algo que gosta muito. – A essa altura estávamos fazendo um jogo e sem precisar pensar respondeu.
- Música. E você?
- Mulheres. – Demi soltou uma gargalhada. – Qual é vocês são as criações mais perfeitas de Deus.
-Não sei se levo como elogio ou não.
- Leve. – Me divertia muito ao seu lado. – O que é mais importante pra você?
- Minha família e minhas amigas, que são minhas irmãs. Responde você agora.
- Bem... – Pensei um pouco, mas me senti estranho quando não soube o que responder. – Não sei.... confesso que não sei. Amo minha família, meus amigos, a faculdade é legal mas...
- Mas... Você não se dedica a nada.
- Como assim?
- A partir do momento em que você investe tempo, energia e dinheiro com algo, ele se torna importante pra você. É difícil se importar com algo em que não se investiu.
- Você deve achar que sou um desalmado.
- Não o pior é que não - deu um sorriso de lado. – Acredito nas pessoas e pra você ficar comigo deve ter um bom coração.
- Você tem um bom coração. – Ri sarcasticamente.
Demi olhou para o relógio assustada:
- Joe você pode me levar? Minha prova começa daqui vinte minutos.
- Odeio seu relógio. – Demi começou a rir e como dizer não a esse sorriso? – Tudo bem né. Garçom a conta, por favor.
Chegamos na faculdade e já praticamente em frente sua sala parei em sua frente e percebi sua respiração pesar , peguei suas mãos que estavam suando frio.
- Podemos nos encontrar depois da prova? Prometo fazer você ter a melhor tarde de todas.
- Porque você gasta tanto tempo comigo?
- Gosto da sua companhia. – Disse a olhando de cima a baixo. - E aí?
- Tudo bem, pode ser legal.
- Ótimo. – Um sorriso se formou em meus lábios. – Nos encontramos aqui. Boa prova. – Me deu um sorriso em forma de agradecimento e entrou na sala.
Saí mais feliz que o normal, a questão é que estou esperançoso em conseguir algo a mais com Demi essa noite, acredito que já está caidinha por mim e confesso que já não estou mais aguentando e que de hoje não passa.
Passei a tarde toda planejando meu resto de dia e noite com minha gata. Vou levá-la no bosque onde tem um parque, irei tentar ser o mais fofo e romântico possível, até comprei uma rosa pra ela, ensaiei uma música e irei cantar, depois vou falar que sou um ótimo cozinheiro e vou chamá-la pra comer em casa, já liguei no restaurante e encomendei a comida, Demi não precisa saber, e depois com o clima tudo vai acontecer. Hoje a noite promete.
Tomei meu banho, me perfumei e fui pra porta da sala de aula, não demorou muito ela saiu.
- E aí como foi? – Perguntei.
- Espero que bem, tive um branco em uma das questões... foi terrível.
- Fique calma. Se eu tivesse branco só em uma. – Demi riu de meu comentário. – Vamos?
- Onde pretende me levar?
- Surpresa. Gosta de surpresas? – Balançou a cabeça negativamente. – Ótimo. – Coloquei meu braço atrás de seu pescoço e a levei ate o carro.
Dentro do carro estávamos em silencio, apenas o cd tocava com musicas da Rihana, não quis forçar nada por isso me concentrei na estrada. Estacionei o carro e rapidamente desci para abrir a porta.
- Obrigada Sr. Jonas.
- Por favor, não me chame assim, Joe, prefiro. – Deixe só para o Sr. Brehr. 
- O bosque? – perguntou. Não sei se havia gostado da surpresa ou se achou meio patético da minha parte.
- Por quê? Não gostou?
- Não, não é isso. Venho aqui todo final de semana com minhas amigas e seus irmãos.
- Inacreditável. Eles passeavam com garotas novas e nunca me chamaram.
- Eles disseram que tinham um irmão, só que ele, no caso você, era meio desvirtuado no mundo e que sua diversão era diferente.
- Claro que não. Iria gostar de conhecer vocês, iríamos nos divertir muito. – Estava irado, enquanto Demi ria. – Como consegui rir de tudo?
- Nossa vida é baseada em nossas escolhas, eu escolho rir, mas esquece isso, não estamos aqui agora? Basta você provar quem esta com a razão, você ou eles.
- Vou te provar. E o que você vai querer? Pipoca ou algodão doce?
- Pipoca de sal.
- Prefiro de doce. – Fomos ate o pipoqueiro que estava vestido de palhaço, qual é a dele em? – Uma de sal e outra de doce, por favor.
Nos sentamos em um dos bancos do bosque em frente ao lago principal que jorrava água para cima, já estava quase escurecendo, o céu estava em seus tons de rosa para alaranjado, esbanjando todo seu charme.
- Tenho uma coisa pra você. – Parece que dizendo isso a despertei de um sono profundo, pois parecia ter viajado. – Feche os olhos. – Me olhou meio desconfiada, porem os fechou. Peguei a rosa que havia colocado em baixo do banco e tentei fazer a minha cara mais fofa. – Pode abrir.
Demi no mesmo instante abriu o maior de todos os sorrisos que já vi em seus lábios. Ela estava linda, radiante.
- Obrigada Joe. Ninguém nunca me deu uma flor antes, tirando meus pais.
- Ta brincando né? – Perguntei em gozação, mas percebi que havia falado sério. Mas como uma garota tão linda nunca recebera flores de alguém? – Você é tão linda. – Demi corou e começou olhar para os dedos. – Não foi minha intenção te deixar sem graça.
- Não tudo bem. Sou uma boba mesmo. – Ela fechou os olhos e os abriu repetidas vezes como se estivesse tentando se concentrar ou equilibrar.
-Está tudo bem? Parece estranha.
- Não, só fiquei meio zonza, mas já passou. Tem como você me levar pra casa?
- Mas já? Vamos ficar mais um pouco, quer uma água de coco? Talvez se sinta melhor. – Acenou que sim, então me levantei e fui comprar, não vou perder Demi agora, meu plano não pode dar errado. – Aqui está. – Entreguei.
- Obrigada. Mas é sério preciso ir embora. – Se levantou dando alguns passos lentos esperando que a acompanhasse.
- Espera Demi. – Entrei em seu caminho. – Quero te convidar pra jantar comigo, melhor ainda, eu cozinho pra você.
- Obrigada, mas é melhor não. – Ela começou a balançar a cabeça um pouco impaciente, estava estranha.
- Vamos vai ser legal...
- Que droga Joe, sai da minha frente, me deixa em paz! – Demi gritou comigo no meio do bosque, sua voz perdeu toda a doçura, sua feição perdeu os traços finos e delicados, ela estava tremendo, com os olhos estranhos, a mão dura. Ela então, simplesmente saiu me deixando sem resposta.
O que não esperava era Miley aparecer.
-O que você fez com ela? – Percebi que estava furiosa.
- Nada essa sua amiga é louca sabia? Não é normal, é de se notar. - Depois que disse isso pude ver lágrimas se formar nos olhos de Miley e senti o peso dessas palavras pra ela na minha cara. – Porque você me bateu, de novo?
- Você é um idiota Joe!
Selena apareceu assustada com meus irmãos e Dani logo atrás.
- O que está acontecendo aqui? – Sel perguntou.
- Suas amigas são loucas. É isso. – Agora eu estava furioso.
- Demi! – Dani grita e saiu correndo.
Me viro pra ver o que aconteceu e só consigo ver pessoas e mais pessoas se amontoando em um mesmo lugar. Todos seguiram Dani e nos enfiamos no meio da roda. Demi estava caída no chão, desacordada. Rapidamente me jogo no chão pra poder pega-la porem Miley me detem:
- Sai de perto dela. A culpa é sua por ela estar assim.
- Minha? Pode me explicar o que foi que fiz? – Perguntei sem entender.
- Liguem pra ambulância rápido! – Selena gritava aos prantos.
- Sel, Demi tomou o remédio? – Kevin perguntou aflito.
- Que remédio? – Perguntei. Simplesmente não estava entendendo nada.
- Não sei. Demi passou o dia todo fora. – Selena se agarrou a Nick chorando desesperada. – Se acontecer alguma coisa com ela não vou me perdoar.
- É claro que ela não tomou, Joe só queria sabe lá o que com ela... E nem se importou com sua saúde. – Miley gritava comigo como se eu tivesse culpa do que estava acontecendo.
A ambulância apareceu levando meu anjo pra longe de mim, só Sel e Miley foram lá dentro com ela. Kevin olhou pra mim e me alertou:
- Acho melhor você não ir, chega de problemas Joe. Está na hora de crescer. Qualquer coisa te avisamos.
As pessoas foram se afastando assustadas, mas logo voltaram a fazer suas atividades como se nada tivesse acontecido, diferente de mim, que estava com o coração apertado, não sabia o que estava acontecendo e não sabia o que fazer. Me sentei no banco e fiquei observando um casal de patos no lago. O pato parecia ser mais cavalheiro e decidido que eu.
- Oi meu amor! – Me assusto com a voz ao meu lado, não havia percebido a aproximação de alguém. – Finalmente te encontrei. – Jenh se aproximou me dando um selinho. – Tem algum programa hoje a noite?
- Desculpa Jenh mas não to a fim.
- Não esta agora, mas espera pra ver o que te aguarda. – Passou a mão em minha coxa perto do quadril, roçando o nariz atrás de minha orelha me fazendo arrepiar. A uma provocação dessa não tem como não se entregar.
Agilmente joguei-a em meu colo e lhe dei um beijo de calor, violento, apressado, como se desejássemos consumir um ao outro. Quando o ar foi acabando nos separamos.
- Com essa energia pra quem não está afim, podemos ter uma noite e tanto. Mas me diz o que te deixou chateado.
Neste momento me lembrei de Demi, por alguns segundos havia me esquecido.
- Estou indeciso sobre o que fazer, em relação a algo.
- Como assim? Pode ser mais claro?
- Quero fazer algo, mas Kevin proibiu. Talvez ele esteja certo, mas é como se meu coração quisesse falar mais alto que a razão.
- Você nunca foi um homem de razão Joe. Porque justo agora vai querer ser quem não é? Não sei do que se trata mas vai atrás do que tanto deseja.
A olhei sem acreditar no que havia escutado, logo ela me dando conselhos e me surpreendi com o que disse.
- Você tem razão. – Me levantei.
- Mas seja o que for que deve fazer deixe pra amanha porque hoje você é meu. – Me abraçou colocando uma de suas pernas entre as minhas. Me afastei dela o mais rápido possível.
-Preciso ir e... Obrigado.

Sai sem dar explicações.



Respondendo aos Comentários


Tatiane Luiza - Q bom q vc está adorando estou mt ^-^ obgduu
diana - Vdd Miley n merecia passar por isso, cont acompanhando flor kk bjuss
Stephane Gabrielle -  Td bem, é só n nos abandonar please... obg por cont lendo e comentando bjokas



Mais uma vez agradeço a tds q leem a mini, continuem lendo pq já está acabando cm disse terão poucos cap, comentem muitooo !!!! ;)