25 de dezembro de 2014

A Sobrinha – Cap. 7


Obrigada pelos comentários!!! :D


Os dias em Los Angeles eram legais, sempre é bom viajar e ficar em lugares diferentes de sua vida monótona, mas eu sentia uma saudade de ter um bebê perto de mim, nunca pensaria que iria me apegar tanto a um bebê. Também sentia uma saudade enorme de Demi. Agora eu sentia o que ela havia falado, eu sentia a saudade de quando eu a deixava pra trás no Texas. Bom, eu só estava aqui há três dias e já não estava mais aguentando, talvez por estar sozinho e não ter ninguém pra conversar sobre coisas de mim, como Davis. Mas eu estava a trabalho, não iria sair comentando com qualquer um sobre meus sentimentos, iria ficar até o fim e seria competente como um bom profissional que sou. Affs, isso é ridículo, nunca me senti com os sentimentos tão aflorados, com tanta saudade e sozinho, talvez esse seja o mal de conviver diariamente com uma mulher.

Levantei de minha cama e me vesti, era a mesma rotina de sempre, fui a uma lanchonete e tomei o café da manhã, e fui direto pra empresa de Los Angeles. Aqui eu tinha muita coisa pra fazer, até por que eu era quase chefe da empresa principal, e aqui o chefe era praticamente eu.

Quando saí da empresa já estava tarde, a lua estava alta e eu estava completamente cansado e faminto, foi aí que percebi que não havia almoçado, parei em um restaurante e pedi um prato enorme pra janta, eu era grande e precisava comer muito.

Depois de satisfeito me recostei na cadeira colocando as mãos atrás da cabeça, não queria ir para o apartamento, não queria ficar sozinho. Olhei pro lado e vi um casal, a mulher parecia completamente apaixonada, segurava as mãos dele e suspirava quando ele arrastava a mão pelo braço dela. Já o cara somente ela não via o que ele queria, ele passava a mão nas coxas dela e apertava, falava coisas românticas ao ouvido. Sorri, essa também era minha tática no Texas, mas sempre no fim a mulher acabava sofrendo e chorando por minha causa, então decidi ser direto, assim a mulher sabe qual minha intenção.

Levantei-me e saí do restaurante, sabia o que fazer pra não passar a noite sozinho. Entrei em um PUB e pedi uma tequila, olhei pra todo lado, tinham algumas mulheres, mas apenas uma estava sozinha, sorri, ela era bonita, tinha os cabelos longos, castanhos e cacheados, estava bem vestida, parecia ter saído do trabalho, não poderia perder tempo, percebi olhares em cima dela.

_Oi._ Falei, ela sorriu ainda olhando para o copo. É, ela estava ali a procura de homens também.

_Oi._ Ela levantou a cabeça e seu sorriso sumiu e arregalou de leve os olhos, depois seus lábios se curvaram em um sorriso malicioso._ Te conheço?

_Creio que não._ Entrei em seu jogo._ Posso me sentar?

_Claro. Ainda não sei por que está de pé._ Sorri, pedi mais bebidas enquanto conversávamos.

_Não costumo encontrar homens tão bonitos quanto você por aqui.

_Não sou daqui.

_Bem que eu desconfiei.

_Vim de Nova York.

_Mas creio que não nasceu lá.

_Não, sou do Texas.

_Hum Texas._ falou sorrindo e bebendo um gole de sua bebida, parecia se lembrar de boas experiências. Jogou seus longos cabelos cacheados pra trás e respirando levantando o busto._ Texas tem muitos homens bonitos, não me impressiona que tenha vindo de lá._ Sorri.

_E você?

_Sou daqui mesmo, mas adoro viajar e conhecer pessoas novas.

_E o que uma mulher tão linda quanto você faz aqui sozinha?_ Ela limpou o batom vermelho que havia ficado no copo com os dedos.

_Apenas passando o tempo. Não tenho nada melhor pra fazer agora.

_Pois o que acha de sairmos daqui e aproveitarmos nosso tempo de uma forma melhor?

_Achei que nunca iria falar._ falou se levantando e pegando seu casaquinho que estava na cadeira._ O que está esperando?_ Perguntou quando percebeu que eu ainda estava sentado. Sorri e senti borboletas de antecipação, a noite seria interessante.

 

Abri a porta a cegas, saí tateando uma mesa e continuei andando enquanto beijava a... Me toquei que não sabia o nome dela. As pernas dela bateram na cama com tudo e caímos juntos, não consegui conter e comecei a rir, ela também estava gargalhando, a bebida ajudando. Ela começou a beijar meu pescoço e levantou sua perna levantando sua saia, passei a mão por sua coxa até chegar perto de sua bunda e do nada imaginei as pernas de Demi, senti um impulso tão grande ao imaginá-la que apertei a coxa com força a fazendo dar um leve grito e me fazendo acordar, arregalei os olhos, como poderia pensar em Demi nesse momento?

_O que foi?_ Perguntou ao perceber que fiquei parado e duro.

_Érr... Não é nada._ falei beijando seus lábios e tentando me focar no momento. Ela tirou minha camisa e começou a descer o beijo, fechei os olhos e me veio na cabeça à imagem de Demi de biquíni. Caramba, como aquela garotinha conseguiu ficar com aquele corpão tão desejoso, maravilhoso, ela havia crescido e aquilo estava meio óbvio e difícil de ignorar. Ela sempre fora muito linda, mas sempre a vira como a menina mais nova com que ele sempre cuidou, mas agora eu começava a criar desejo pela minha sobrinha bem mais nova, não poderia deixar de lado que já era uma mulher. Abri os olhos assustado, Meu Deus, o que estava acontecendo comigo? A mulher estava me olhando intrigada, eu ainda estava em cima dela.

_O que está acontecendo com você? Você fumou alguma coisa?_ Saí de cima dela completamente assustado, não poderia continuar aquilo pensando em Demi.

_Não._ falei apenas, segurei meu cabelo com força. O que estava acontecendo?

_Então volta pra cá._ falou dando palminhas em cima da cama. Pensei em continuar, mas imagens de Demi vinham a minha cabeça a todo tempo e foi o cúmulo quando a imaginei completamente nua no lugar daquela mulher.

_Não._ falei assustado. Ela franziu o cenho._ Me desculpe, não posso.

_Ah, não acredito que me meti com mais um homem apaixonado._ Resmungou pegando sua bolsa e seu casaquinho que estavam no chão.

_O que? Eu não estou apaixonado.

_Não. Tudo bem, já estou acostumada._ Falou indo direto pra porta._ Vocês tentam usar mulheres como eu pra esquecer a outra, mas na hora não consegue. Não aprendem mesmo._ Lhe entreguei um dinheiro e ela me olhou com o rosto confuso.

_ É para o taxi, por favor, aceite e me desculpe._ Ela apenas respirou e saiu andando.

Me joguei na cama e tentei não pensar nas palavras dela. Fala serio, nunca me apaixonei e já provei que nunca irei me apaixonar. Tentei ao máximo também não pensar em Demi, mas adormeci com seu sorriso em minha mente.

Acordei no dia seguinte completamente exausto. Me arrumei e fui direto para uma lanchonete, pedi um lanche leve, talvez tenha sido a comida pesada que havia me feito mal e ter delirado com Demi. Peguei um jornal enquanto comia, mas uma mesa ao lado me chamou mais atenção. Enquanto uma moça olhava em seu jornal não percebeu que seu filho se arrastava para fora do carrinho. O bebê caiu sentado no chão e então começou a engatinhar, por incrível que pareça na minha direção, segurou em minha calça e se levantou se segurando em mim, levantou seu bracinho em direção ao meu bolo mostrando o que queria.

_Qué... Qué._ Comecei a rir e lhe dei um pedaço, enquanto comia o peguei no colo e fui até a outra mesa.

_Olá. Suponho que este bebê seja seu._ falei e ela olhou pra mim, arregalou os olhos e olhou para o carrinho e voltando pra mim.

_Meu filho._ falou assustada e o pegou de meu colo.

_Já está bem travesso, saiu escorregando do carrinho._ Sorri.

_Obrigada. Obrigada mesmo, vou prestar mais atenção agora._ Sorri e fui até minha mesa deixei o dinheiro e fui para o trabalho.

Quando cheguei ao trabalho me celular tocou e vi que era Davis, sorri.

_E aí cara.

_Oi mano, como está se saindo aí?

_Estou bem, sabe que sou um bom profissional.

_Isso eu já sei, estou falando com as mulheres._ Apenas ri.

_Conversamos quando chegar aí._ Ela apenas soltou o ar inconformado. Ri._ E como está Demi e Kyle?

_Estão bem, Demi conseguiu o emprego e já está trabalhando, está sem tempo total e Kyle está com a babá. Ah e falando em babá acho que você vai adorá-la._ Falou com tom malicioso e eu ri.

_Cara, você não sabe o quanto estou com saudade.

_Arg, isso soou muito gay... Mas eu também estou._ Sorri, esse era Davis.

_ E como Demi está se saindo no emprego?

_Na minha opinião muito bem.

_Ai Deus...

_Ei pode ficar tranquilo, to tirando todo cara que chegar perto dela, pode ficar tranquilo.

_To mais preocupado é com você, se eu ficar sabendo que você deu em cima dela, ou beijou ela...

_ Pode ficar tranquilo com isso também. Ela é muito gata, mas to me segurando por você, só por que você me pediu pra não chegar perto dela. Sou um grande amigo, meu querido._ Sorri balançando a cabeça negativamente.

_Ok Davis. Depois nos falamos, tenho que trabalhar.

_Boa sorte pra você, deve estar entupido de coisas.

_ E estou.

_Então vou te deixar em paz, vai lá._ E desligou. Voltei aos meus afazeres.

Depois de uma semana, voltei para casa. Demi, Kyle e Davis estavam me esperando no aeroporto, sorri e vi Demi colocar Kyle no colo de Davis e correr na minha direção, joguei minhas malas no chão para segurá-la, ela pulou em meu colo e enroscou suas pernas em minha volta, a apertei, como estava com saudade daquele cheiro.

_Ai Meu Deus, pensei que iria morrer se saudade._ Murmurou em meu ouvido.

_Nem foi tanto tempo assim.

_Pra mim foi uma eternidade._ Sorri, no fundo pra mim também. Ela desceu de meu colo e Davis deixou Kyle com ela.

_ E aí cara._ Falou batendo em minha mão e depois nos abraçamos._ Tava com saudade._ gargalhei.

_ Eu sei.

_O escritório ficou muito chato sem você._ Olhei pra Kyle.

_Eu quero ver é o pequeno._ Falei chegando perto de Demi e o peguei no colo. Demi pareceu impressionada._ Como está em garotão de olhos bonito?_ Brinquei o levantando em cima de minha cabeça e depois o colocando no colo de Demi novamente.

_ Bom, agora tenho que voltar pro trabalho né._ Davis falou e eu olhei pra Demi.

_ E por que não está na faculdade?

_ Faltei pra vir te buscar._ Sorriu com os olhos brilhando. Só Deus sabia a saudade que eu estava daquela baixinha. Nem quando a deixava pra trás no Texas me sentia assim.

O elevador se abriu e eu fui direto pro sofá. Como eu adorava aquele sofá. Senti o cheiro de casa e sorri.

_Como é bom estar em casa._ Demi colocou Kyle no cercadinho e olhou pra mim.

_ Vai colocar suas malas no quarto enquanto vou fazer o almoço._ A olhei de cima a baixo.

_Já ta achando que é dona da casa é?_ Ela riu jogando a bolsa de Kyle em cima de mim.

_Anda logo e aproveita e leva a bolsa de Kyle ok._ falou indo pra cozinha. Ri e me levantei.

Estávamos assistindo um filme enquanto almoçávamos, Kyle estava tirando seu sono da tarde. Olhei pra Demi e ela parecia tão intrigada com o filme que nem se lembrava de comer.

_ Já estou terminando de comer e olha que eu coloquei mais que você._ Ela olhou pra mim e sorriu.

_Gosto muito desse filme, é um dos meus favoritos._ Olhei pro filme. Não me lembrava de já ter assistido. Olhei pra Demi, pensei que sabia todos os filmes favoritos dela... Mas passamos muito tempo separados, ela viveu novas emoções sem mim._ Você... Acredita em alma gêmea?_ Perguntou um pouco hesitante.

_ Sei lá, acho que não, nunca pensei nisso._ falei colocando meu prato no chão.

_Pois eu sim. Acho que existem pessoas que nasceram pra ficar juntos, mesmo com todos os obstáculos, tudo e todos para separá-los, eles ainda sim nasceram pra ficar juntos, uma alma só._ Refleti um pouco e a única coisa que entendi era que Demi era muito romântica. Mesmo com todo sofrimento amoroso que ela passou, ainda sim continuava sonhadora, apenas ri com o pensamento.

_ E se essas almas gêmeas não derem certo?_ Perguntei tentando entrar nesse assunto dela.

_ Se são almas gêmeas, não importa o que aconteça, eles ficarão juntos, a não ser pela morte, a morte é a única coisa que os separa. Sorri um pouco e ela olhou pra mim e percebi uma tristeza em seu olhar. _ Você não está levando a serio o que estou falando né?

_ Eu acho é que você que leva essa coisa a serio de mais._ Ela se virou pra televisão novamente um pouco emburrada e começou a comer.

_vamos terminar de assistir o filme._ Apenas continuei a encarando. Escutamos o choro de Kyle e nos olhamos, quando ela foi se levantar a segurei pela coxa, ela olhou minha mão e eu a retirei de imediato.

_Deixe que eu o pego._ Falei me levantando num pulo ainda me martirizando por ter pegado em sua coxa, não que eu nunca tivesse pegado, mas era um pouco diferente agora que eu já a imaginara nua.

Subi as escadas e peguei Kyle no colo ele logo parou de chorar, desci as escadas e me sentei ao lado de Demi que prestava atenção no filme e fiquei brincando com Kyle. Depois de um tempo percebi que Demi me encarava brincar com Kyle, olhei pra ela e sorri.

_Você seria um ótimo pai sabia?_ Ela falou.

_Sabia que andei pensando nisso?_ Brinquei, mas no fundo era verdade._ Sabe, graças a Kyle, sinto vontade de ter um filho._ Demi abriu um sorriso enorme.

_É serio?_ perguntou eufórica._ Vovô iria adorar essa noticia.

_É eu sei, mas não estou dizendo que vou ter, só falei que... Sei lá, tenho vontade de ser pai. Eu... Eu me apaixonei por esse garotão e fico imaginando um filho meu sabe.

_ Claro que eu te entendo._ Demi falava com um sorriso super largo.

_ Você não tem que trabalhar?_ Mudei de assunto.

_ Ah, é mesmo. Pode ficar com Kyle enquanto tomo banho? A babá já deve estar chegando.

_ Claro, sem problema._ E então ela subiu a escada em pulos. Ri, parecia uma criança.

Fiquei com Kyle deitado em meu peitoral enquanto eu estava deitado no sofá terminando de assistir aquele filme romântico que Demi tanto gostava e acabei quase chorando no final, ele era bom mesmo. Rapidamente a babá chegou a olhei de cima a baixo e me deu vontade de rir.  Então Davis estava me zoando. A babá era uma senhora. Tinha alguns fios de cabelo branco e parecia ser uma boa senhora. Sorri pra ela, Demi não queria mesmo que eu tivesse um caso com a babá.

_O senhor deve ser o senhor Jonas._ falou estendendo a mão, peguei em sua mão com a mão desocupada, a outra segurava Kyle sentado encostado em mim.

_ Sim sou eu.

_ Eu sou a nova babá, Eliane._ falou e eu logo pus Kyle em seu colo.

_Prazer em conhecê-la._ Ela sorriu e começou a conversar com Kyle. Fui para o sofá e e deitei novamente e logo escutei Demi descer as escadas.

_Ah, já se conheceram._ Arregalei os olhos. Demi me olhou e seu sorriso acabou, olhou pra sua roupa um pouco constrangida. Me sentei no sofá e engoli seco.

_Não tinha uma roupa um pouco maior?_ perguntei. Senti sua voz tremer ao falar.

_ Eu pedi a maior._ A olhei de cima a baixo novamente. O cabelo amarrado em um rabo de cavalo deixando os longos cabelos castanhos cair pelas costas, um pequeno chapeuzinho colocado de lado na cabeça, a blusa com um decote extraordinariamente enorme e a saia que com toda certeza era maior que das outras funcionárias, mas ainda assim não me agradou, era uma palmo acima do joelho, sem contar que dava pra perceber que ela estava usando uma meia calça da cor da pela bem transparente, se ela soubesse o quanto os homens gostam disso, principalmente de tirá-los, e por fim um sapato com salto pequeno._ Érr... Hum..._ Ficou desageitada com meu olhar._ Tenho que ir. Tchau filho._ Falou o beijando e olhou pra mim._ Tchau Joe, depois nos vemos. Tchau Eliane.

_ Tchau._ Demos tchau juntos, eu ainda a seguia com os olhos completamente espantado. Caramba, como aquilo foi acontecer. Não tinha sido uma boa ideia Demi trabalhar naquele local, na verdade foi uma péssima ideia. Ela estava completamente extraordinária naquela roupa. Continuei olhando por onde ela havia saído.

 

Depois de passar a tarde inteira no meu sofá comendo besteira e aproveitado meu dia de folga o sol começou a se pôr, Kyle pouco chorara, a babá era completamente esplêndida.

Me levantei do sofá e fui tomar meu banho, vesti uma calça de moletom e desci as escadas e peguei o notebook pra ver o que tinha pra amanhã no trabalho. Quando percebi já estava tarde. Mandei a babá ir embora, eu já estaria ali essa hora se estivesse trabalhando. Fiquei com Kyle assistindo televisão e Kyle acabou adormecendo deitado em minha barriga. O peguei no colo e o levei para o quarto. Quando estava descendo a escada, escutei barulho e vi que era Demi chegando.

_ Oi._ falou colocando a chave do carro em cima de uma mesinha perto da porta.

_Oi. Chega sempre essa hora?_ Perguntei olhando no relógio.

_ Saio de lá onze horas._ Sorriu.

_Ah. Tarde hein.

_ Pensei que já estivesse acostumado, fiquei sabendo que sempre frequenta lá.

_ É, mas você é uma estudante, precisa de mais tempo, sei lá, pensei que eles iriam olhar por esse lado.

_ Não posso interferir meus estudos no trabalho, são coisas completamente diferentes, e isso é apenas temporário, é só até eu conseguir um emprego na minha área._ Sorri. Segurei sua mão e a puxei pra perto e a abracei beijando o topo de sua cabeça, ela enlaçou seus braços envolta de mim.

_ Está cansada?

_ Um pouco._ Sua voz saiu como um cochicho.

_ Então vamos nos deitar, você vai acordar bem cedo amanhã pra ir pra faculdade._ Ela olhou pra mim e eu segurei seu rosto com minhas mãos, aquele rosto lindo, angelical, mas agora mais maduro.

_É. Eu sei._ Senti suas mãos se arrastarem pelas minhas costas e pararem em minha cintura, me arrepiei inteiro com aquilo, então suas mãos subiram pela minha lateral, passando pelos meus braços e parando em meu rosto, eu não estava gostando muito daquilo, tinha alguma coisa errado, mas eu não conseguia me mexer, minha respiração começou a acelerar, igual à dela. Ela se levantou vagarosamente na ponta dos pés e então fechou os olhos lentamente e triscou seus lábios aos meus. Senti uma vontade imensa de agarrá-la no mesmo momento, mas ao mesmo tempo senti vontade de fugir. Minha sobrinha estava me beijando. Eu continuava de olhos bem abertos e ela pediu passagem com a língua, mas eu não concedi, ela abriu os olhos e ficamos nos encarando bem de perto, ela se afastou rapidamente e arregalou os olhos ao perceber o que havia feito, e o pior, eu a ter rejeitado._ Me desculpe._ Pediu com a voz em um fiasco._ Ai meu Deus, me desculpe mesmo, desculpe._ Colocou as mãos na boca e olhou pro chão apavorada e depois pra mim._ Eu..._ Apontou pra escada completamente atordoada._ Vou dormir._ Simplesmente não consegui me mover, ainda não sabia o que estava acontecendo. Fiquei olhando pro nada completamente confuso e atordoado.
Continua...

Mari ;) Obrigada por estar comentando agora, que bom que tomou vergonha a cara kkkkkkkkkkk, Vc viu a dificuldade que Joe tem pra cuidar de Kyle kkkkkk, ele sempre vomita nele... Continua comentando.
Mirely Bonfim OOOoooooiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii kkkkkkkkkk
Cassia Cortiço kkkk Seus comentários são super top kkkkk, Continue lendo pra ver se Demi vai derramar bebidas pra se vingar kkkkkkkkk
Stephane Gabrielle É lindo Joe e Kyle neh? Essa foto é pra vc.
Galera obrigada pelos comentários... Vamos fechar com chave de ouro com outra foto de Joe e Alena (Adoro eles kkkk)
♡♡♡
BEKA!!!
♡♡♡

19 de dezembro de 2014

A Sobrinha – Cap. 6

Warrior's Entrem galera, aprovado, adoro esse blog.



Eu tinha acabado de chegar no escritório e me reencostei em minha cadeira, minha mente não parava de pensar no que tinha acontecido ontem. O jantar havia sido completamente desconcertante, os dois não sabiam o que falar, ainda mais com Kyle dormindo, seria melhor se ele estivesse acordado.

_E aí cara._ Davis entrou na sala.

_Oi._falei mal humorado.

_É eu sei, também fiquei sabendo que as pessoas estão achando que somos namorados secretos e que... Nada.

_Ah, que meu amiguinho é minúsculo._ ele segurou riso.

_É.

_Por que está tão tranquilo?_ Perguntei nervoso.

_Ta na cara que foi uma mulher que inventou isso pra te atingir. Já passei por isso. Sabe o que você faz? Nem da bola que passa, você é gostoso e as mulheres não vão resistir por muito tempo, foi assim comigo.

_Eu espero._ Abri meu Notebook e fiquei o olhando sem saber por onde começar._ Hoje será a entrevista de emprego da Demi.

_Ela vai ser contratada tenho certeza._ Davis falou calmamente. Mas continuei olhando o notebook sem saber o que fazer._ Não é pelas mentiras que inventaram de você que está assim. O que houve cara?

_Não é nada._ Fechei o notebook e abri a gaveta pegando umas papeladas.

_Olha aí, não sabe nem o que fazer._ Riu._ Fala.

_Tive uma conversa bem estranha com Demi ontem e isso não sai da minha cabeça.

_E o que foi?_ Ele pareceu interessado.

_Ela me pediu algo bem estranho.

_O que cara, fala logo.

_Ela me pediu pra não dormir com ninguém nessa viagem._ Davis levou a mão á boca e arregalou os olhos._ O que foi?_ Ele se levantou e andou pela sala.

_Eu sabia, bem que eu desconfiava.

_Do que?

_Vocês dois._ Franzi o cenho sem entender nada._ Ta na cara que vocês dois tem alguma coisa._ Quando entendi o que ele queria dizer arregalei os olhos e me levantei quase derrubando a cadeira.

_Você pirou? Ta louco?

_Cara, o seu ciúme, não quer que nenhum homem chegue perto dela, nem mesmo eu. Ela pedindo pra você não dormir com mais ninguém...

_Cara ela é minha sobrinha...

_E daí... Tantos primos ficam juntos...

_Primos são diferentes de sobrinha e tio._ Falava andando de um lado pro outro abismado com a conversa.

_Primeiro, você e Selena não são totalmente irmãos, ela é filha do primeiro casamento de seu pai, não é? E segundo, Demi não é sua mãe ou sua irmã cara, é apenas uma sobrinha...

_E o que tem haver Selena ser filha do primeiro casamento? Ainda continuamos sendo irmãos.

_Meio irmão.

_Irmãos._ Falei irritado.

_Pelo menos você e Demi não tem o mesmo sangue totalmente igual...

_Brother, não to ligando pra nada de sangue. Demi é minha sobrinha e ponto. Nunca pensei nela de outra forma, está me apavorando essa conversa...

_Eu duvido. _ Falou convicto._ Duvido que nunca pensou nela de outra forma, cara vejo o jeito que fala dela, o jeito que trata ela, você aceitou uma criança na sua casa.

_Isso é diferente...

_Não é nada diferente. Tenho certeza que já desejou ela, mesmo sem saber, sendo totalmente inocente já pensou nela de um jeito nada inocente._ Parei pra pensar. Olhando bem ao fundo talvez... O telefone tocou e eu saí do transe. Apertei o botão e escutei a voz de Bloom.

_Patrão, tem uma garota aí fora falando que precisa falar com o senhor. O nome dela é Demi, posso deixá-la entrar?_ Ela falava olhando pra mim diante do vidro. Davis e eu trocamos olhares.

_Claro._ E então me sentei. Olhei pra Davis que parecia querer persiste no assunto._ Esse assunto acabou aqui ouviu?_ ele apenas balançou a cabeça inconformado.

Rapidamente vi Demi chegando pelo elevador, ela olhou tudo até olhar pra minha sala, sorriu pra mim e veio andando rápido. Ela estava arrumada e parecia um pouco nervosa. Ela carregava no braço tipo uma cesta, o lugar onde o bebê fica deitado. Davis abriu a porta de vidro pra ela entrar.

_Oi Davis._ Sorriu.

_Olá Demi. Bom, já estou de saída...

_Não precisa, é coisa rápida._ Ele sorriu olhando pra mim.

_Ok então._ Olhei pra ele com um olhar mortal, tinha certeza que ele iria começar com aqueles psicoanálise e depois jogar tudo em cima de mim.

_Oi tio Joe.

_Oi Demi._ Com Davis ali não tive nem coragem de me levantar e dar-lhe um beijo.

_Tio Joe tenho uma coisa muito chata pra te pedir._ Senti meu coração acelerar. Por favor, não volte ao assunto de ontem. Respirei fundo.

_O que foi?_ Ela colocou a cesta em cima da mesa. Kyle estava dormindo.

_A babá de Kyle não pode trabalhar hoje, só amanhã que ela irá começar, e eu tenho uma entrevista de emprego agorinha e não tenho com quem deixá-lo..._ Arregalei os olhos._ Sei que é chato, mas não sei, talvez deixe com sua secretaria enquanto trabalha, você é quase chefe e... Ai meu Deus, eu estou perdida, não sei o que fazer...

_Calma Demi._ falei. Me levantando e indo até ela, coloquei minhas mãos em seus ombros, ela parecia apavorada._ Vamos dar um jeito.

_Eu preciso desse emprego.

_Eu sei, eu sei._ ela me abraçou._ Pode deixar aqui comigo, não tenho muita coisa pra fazer antes da viagem e sim durante.

_Ah, meu Deus. Obrigada Joe._ Respirou fundo aliviada._ Não sabe a vergonha que estou tendo agora._ Comentou baixo. Coloquei meu queixo em sua cabeça e olhei pra Davis que segurava riso.

_Ta tudo bem, só pense que vai dar tudo certo e você vai conseguir o emprego ok._ Falei a tirando do abraço e segurando seus braços fazendo-a olhar pra mim.

_Vou fazer o possível.

_Eles vão gostar de você, você vai ver._ Davis enfim se manifestou fazendo nós dois olhá-lo.

_ Ok então vou lá, acho que não sou a única a ser entrevistada._ Falou colocando a bolsa de Kyle em cima da mesa._ trouxe tudo que Kyle precisa, tem roupa, frauda, a mantinha, bico, brinquedinho e também trouxe a mamadeira pronta._ Tirou a mamadeira de uma bolsa térmica.

_Ok.

_Tchau garotos, me desejem sorte._ Falou cruzando os dedos.

_Boa sorte._ falamos juntos vendo-a sair. Olhei pra Davis que ainda segurava riso.

_Qual é? Ela precisava dessa ajuda ok.

_Ta, ta... Não vou mais pegar no seu pé mais sobre vocês não. Só estou rindo por que você não sabe em pegar uma criança direito, quero ver cuidar.

_Eu aprendi a pegar ok._ Falei indo até a cesta e comprovando o sono maravilhoso que o garotinho estava tendo.

_Sei._ Olhei pra ele.

_É. Não vou conseguir cuidar sozinho.

_Não se preocupe. Como sou um grande amigo vou te ajudar._ Falou chegando perto e olhando pra Kyle também. Revirei os olhos.

_Fudeu. Nós vamos acabar com essa criança._ Davis me olhou e fez careta. O telefone tocou e eu apertei o botão.

_O seu patrão está na linha._ Escutei Lina falar.

_Ok. Obrigado._ E apertei outro botão._ Joseph e Davis na Linha.

_Vão pra sala de reunião._ Olhei pra Davis apavorado.

_Érr... Claro._ respondi e desliguei._ E agora cara.

_Não sei, mas pensa rápido._ Olhei pra Lina e olhei pra Davis. Pode ser, vai ser rápido._ Peguei a cesta e a bolsa de Kyle e saí da sala correndo e joguei em cima da mesa de Lina Bloom.

_ Senhorita Bloom, poderia me fazer o favor de ficar com ele só por uns minutos?_ Ela ficou paralisada.

_O senhor tem um filho?

_O que? Não, não, ele é... Uma longa história e preciso ir pra sala de reunião.

_Ok, tudo bem._ Falou um pouco assustada. Ajeitei a gravata e o cabelo e fui em direção da sala com Davis. Entramos na sala e lá estava um notebook que transmitia a nossa imagem para outro lugar e a televisão estava a imagem do chefão.

_Que bom que chegaram, temos muito o que fazer. Bom, como Joseph irá viajar não lhe encherei de coisas pois tem muito o que resolver nessa viagem, já Davis, preciso que ligue para todos os..._ E assim passamos uns quarenta e cinco minutos discutindo tarefas. E no meio desse tempo escutei Kyle chorar. Quando saímos da sala respirei fundo rezando para que o chefão não tenha escutado o choro de Kyle. Quando olhei pra frente vi Lina andando de um lado pro outro com Kyle no colo balançando-o enquanto ele chorava e o telefone tocava. Olhei pra Davis desesperado.

_Ah meu querido amigo, não posso te ajudar, tenho muita coisa pra fazer, sabe quantos telefonemas vou ter que dar hoje?

_Ta, ta._ Falei correndo e indo até Lina.

_Muito abrigado senhorita Bloom. Pode voltar ao seu trabalho, deixa ele comigo a partir de agora._ Falei pegando-o no colo e colocando ele na cesta e colocando sua bolsa pesada no ombro enquanto Lina corria para atender o telefone._ Se for pra mim diga que estou muito ocupado agora._ E fui até o elevador e desci até o ultimo andar. Quando cheguei à pequena lanchonete do prédio me sentei em uma mesa e coloquei a cesta de Kyle em uma cadeira ao meu lado, ele havia se entretido com um brinquedo de morder. Clear chegou perto com uma prancheta na mão.

_Quero só um café hoje.

_O que faz com um bebê?_ perguntou assustada.

_É uma longa história._ falei sem paciência.

_Acho que ele está com fome._ falou.

_Talvez seja._ falei pegando sua mamadeira. Clear sorriu e saiu pra pegar meu café. Coloquei a mamadeira na boca de Kyle e ele aceitou de muito bom grado, talvez estivesse com fome mesmo.

_Aqui está._ Falou entregando meu café.

_Já?

_Já estava pronto, se quiser mais é só me chamar._ E saiu. Tomei o café com um braço enquanto com o outro segurava a mamadeira. Kyle ficava olhando pra mim com aqueles lindos olhos.

_Que foi garotão? Não está me reconhecendo? Ah você me conhece sim, moramos juntos lembra? _ Tomei outro gole de café._ Hum, o café está bom, se você fosse um pouquinho mais velho eu te daria. Não, não daria não, você já é muito acordado pro meu gosto, você precisa é de um calmante. Ou talvez só esteja com fome todos os dias. Sei que estou parecendo um louco que conversa com um bebê que não está entendendo nada o que falo, mas eu queria ter uma conversa com você antes de outro homem._ Respirei e virei a xícara de café. Depois pedi mais uma e mais uma. Só percebi que Kyle já havia terminado o leite todo quando ele fez um pouco de birra. Coloquei a mamadeira na bolsa e me encostei na cadeira colocando meus braços atrás da cabeça. Depois de um tempo escutei Kyle soluçar, e depois de novo e de novo.

_Devia pegá-lo no colo._ Clear falou.

_O que?

_Sou mãe de três filhos, sei o que estou falando, devia fazê-lo arrotar depois de tanto leite.

_Você é mãe de três filhos?_ Fiquei espantado._ Você parece tão jovem para ser mãe de três filhos.

_Pois é a vida quis assim._ e então saiu pra atender outra mesa. Olhei pra Kyle que já estava começando a chorar. Soltei toda minha respiração e o peguei no colo, demorou menos dessa vez, o deitei em meu ombro e ele continuava soluçando, as pessoas passavam e ficavam me olhando, tentava esconder meu rosto em Kyle, mas todos já sabiam que era eu. Fiquei preocupado com o que as pessoas iriam pensar até senti Kyle vomitar em mim.

_Ah, fala serio! No meu terno?_ Segurei ele em frente ao meu rosto, ele levou suas mãozinhas até minha mão e tentou brincar com meus dedos. Não teve como ficar grilado com ele. Me deu vontade de abraçar a apertar até a morte, mas o problema é que isso poderia acontecer mesmo se eu o apertasse._ Ok garotão, você já ta crescendo, e é grande o suficiente pra parar de vomitar nos outros assim ok._ Ele nem prestou atenção em mim, ou brincava com minha mão ou olhava o movimento.

Quando estava voltando pra minha sala encontrei Demi no elevador.

_Joe. Muito obrigada, não sei por que mas estou esperançosa, acho que consegui o emprego, vão me ligar amanhã.

_Oh. Estou feliz por você.

_E você?_ Falou pegando Kyle de mim._ Se comportou bem?_ Brincou com o filho. Sorri._ Tchau, mais tarde a gente se encontra._ falou me dando um beijo no rosto. Eu nem consegui dar tchau direito, estava exausto.

 

Quando cheguei em casa, só queria saber de descansar, nem jantei, apenas capotei na cama, tinha sido um dia e tanto.

Tive que acordar cedo no dia seguinte. Peguei minhas malas e vi Demi em pé com Kyle nos braços, ela me levou até o aeroporto e lá encontramos Davis com uma cara de sono.

_Bom gente, nos despedimos aqui. É apenas uma semana no máximo é pouco tempo._ falei. Estava tudo muito dramático.

_Eu sei. _Demi falou com a cabeça baixa.

_Demi se lembra do que eu te falei, lá é minha casa e eu voltarei você querendo ou não.

_Eu sei._ falou de novo mas agora olhando pra mim e com um sorriso lindo nos lábios.

_Ei Davis, cuida deles nesse tempo em que eu estiver fora ok.

_Pode deixar comigo irmão._ Sorri e olhei pra Kyle.

_Ei garotão vê se não dá trabalho viu._ Ele nem me olhou, mas levantou os bracinhos pra mim. Apenas sorri e lhe dei um beijo.
 
Continua...

Obrigada galera pelos comentários, estou muito feliz.

Anônimo   Postei ;)
Mirely Bonfim por que a Demi ta atiradinha?? kkkkkkkkk Bom, não posso falar quem inventou a história d que ele ´gay, continua lendo ok
Love Sick II OMG! Postei kkkkkk
Cassia Cortiço kkkkkkkkkk você me mata com as suas ideias, são muito engraçadas, sim o Joe morri de ciúmes de seu amigo com Demi e talvez a fofoca tenha saído de uma secretaria ou de um invejoso kkkkkkkk
Stephane Gabrielle O Joe tem que tomar atitude logo neh. kkkkk
Anônimo Já divulguei seu blog que eu amo tanto e obrigada pelos elogios, que bom que gosta do blog, continue lendo...
 
BEKA!!!

17 de dezembro de 2014

A Sobrinha – Cap. 5


Desculpa pela demora... Se eu contar o que aconteceu vocês vão ficar com raiva de mim.... Eu simplesmente esqueci de postar, estava tão vidrada nas férias... kkkk Desculpa galera!!!
Vamos lá!


Acordei no dia seguinte com o despertador. Me arrumei rapidamente como todos os dias, fui até o quarto de Demi e percebi que ela já havia saído á muito tempo.

 

_Bom dia.

_Bom dia._ as duas secretarias responderam ao mesmo tempo.

Entrei em minha sala e comecei a arrumar algumas papeladas que estavam bagunçadas. Depois de umas duas horas Davis chegou, entrou em sua sala, fez algumas coisas que não me importava e depois veio a minha, nem bateu na porta apenas entrou.

_ Olá Joseph.

_Não tem nada pra fazer?_ perguntei ainda entretido na papelada.

_Por enquanto não. Algumas coisas vão chegar daqui algumas horas pra mim. Terminei a maioria ontem.

_Ok. Por isso chegou bem tarde hoje._ falei ainda sem olhar pra ele. Sentou-se em minha mesa e ficou me olhando.

_Como está sua vida agora que sua sobrinha está com você?_ Olhei pra ele soltando todo ar, estava um pouco cansado.

_Bem legal, nós sempre vivemos juntos, estava até com saudade._ Ri comigo mesmo.

_Você gosta mesmo dela né._ o olhei e meu sorriso sumiu.

_Claro, ela é minha sobrinha.

_Eu sei, mas você falou pra ela morar na sua casa como não faria com mais ninguém, ainda por cima ela tem um filho... Duvido que você fosse abrigar uma irmã sua._ Abri a boca pra falar, mas nada saiu. Pensei.

_ É diferente, sempre fui o mais novo de minhas irmãs, Demi sempre foi à pessoa em que eu cuidava e eu sinto que eu preciso proteger ela._Levantei de minha cadeira e fechei as cortinas, sei que ninguém poderia nos ouvir, mas eu odiava ver as secretarias nos olhando. Me sentei ao lado de Davis.

_Talvez eu não consiga entender por ser filho único e não ter prima mulher.

_É._ Concordei.

_E como está lidando com um bebê?_ O olhei e ele riu.

_É bem cansativo. Cara, Kyle é muito fofo, mas chora demais.

_Como todo bebê.

_É eu sei só que o problema não sou eu, é Demi, ela está levando-o pra faculdade, ainda não achou babá e está procurando emprego.

_Ela está procurando emprego?_ perguntou passando os dedos no queixo pensativo.

_É._ falei com a voz de óbvio.

_Estão empregando mulheres aqui neste PUB._ falou apontando o dedo pra janela. É o PUB onde Evangeline trabalha.

_Não, não... Este PUB é completamente pra homens. Não quero vê-la aí.

_Cara, pensa bem, pelo menos você pode ficar de olho nela mais frequentemente, é bem aqui de frente._ Parei um pouco pra pensar, andei até a janela e fiquei olhando o lugar._ E muitas mulheres trabalham aí, por que você acha que todos os homens iriam dar em cima somente dela.

_Não acho que eles vão dar em cima somente dela, mas... É por que você ainda não a conhece.

_Uai. Depois do almoço vamos vê-la, conversar sobre o emprego e eu aproveito pra conhecê-la, conheço muita gente daquele PUB e se ela quiser pode ter certeza que ela já tem um emprego.

_Ok._ falei ainda pensativo. Ela precisava trabalhar e talvez o PUB pagasse bem.

 

Eram três da tarde quando eu e Davis resolvemos ir pra casa conversar com Demi, entrei em casa e vi o cercadinho na sala, percebi que Davis também levou os olhos pra lá.

_ Demi._ chamei, mas nada. Subimos as escadas, olhei em seu quarto e nada._ Acho que ela não está aqui._ Então ouvi um choro.

_Está lá no terraço._ Davis falou. Subimos as escadas e entramos no salão de vidro e de lá deu pra ver Demi em frente à piscina balançando o carrinho de Kyle, só que o problema era que ela estava de biquíni, péssima hora pra levar Davis pra vê-la.

_Uou._ Davis deixou escapar. Continuamos andando até Demi nos ver.

_Oi._ falou um pouco nervosa e pegou seu roupão rapidamente.

_Não precisa gatinha, não está nos incomodando._ Demi riu sem graça e eu olhei pra Davis de cara feia._ É brincadeira. Sou amigo de Joe. Davis._ falou estendendo a mão e Demi a segurou sorrindo.

_Já ouvi falar sobre você. Sou Demi, sobri...

_Também já ouvi falar muito sobre você.

_Ah!_ Demi soltou sua mão sem graça.

_Ok agora você conhece o babaca que Davis é._ falei ainda sem jeito de ver o corpão de Demi somente de biquíni, aquela sena não saía de minha mente. Davis me deu um soco no braço.

_Então este é o Kyle que Joe não para de falar._ falou olhando o bebê. Eu não falava muito de Kyle pra ele. Olhei pra Demi e fiz sinal de que ele era doido._ Posso pegá-lo?_ eu e Demi o olhamos, mas eu o olhei completamente espantado. Davis querendo pegar um bebê?

_Claro._ Demi falou. Davis pegou Kyle rápido, pratico e muito bem, o bebê nem chorou. Onde Davis havia aprendido?

_Ele é muito fofo mesmo. Vou ter que vir mais dias só pra vê-lo._ Demi riu. Davis estava tentando impressioná-la.

_ Ok, vamos direto ao ponto, temos que voltar pra empresa._ falei tirando Kyle de seu colo e tentando ajeitá-lo no meu, mas só consegui com a ajuda de Demi. Os dois riram de minha cara.

_Direto ao ponto?_ Demi olhou pra nós dois com o cenho franzido.

_É. Bom, fiquei sabendo que você está querendo um emprego...

_Sim, estou querendo muito._ Demi se interessou e até se sentou na cadeira debaixo do grande guarda-sol, assim eu e Davis a seguimos.

_Estão empregando mulheres no PUB na frente da empresa onde eu e Joseph trabalhamos, eles pagam bem, mas acho que a carga horária vai ocupar muito de seu tempo, mas se você quiser conheço pessoas lá dentro.

_Não importa a carga horária, preciso trabalhar, sendo que não me atrapalhe na faculdade.

_Posso conversar lá com eles.

_Nossa, você é um anjo que apareceu na hora certa, daqui duas horas vou ter uma entrevista com uma babá e só faltava o emprego. Quero muito, se você puder me ajudar._ Olhei pra Demi e levantei uma sobrancelha, eles já estavam tão íntimos assim ao ponto de chamar de anjo?

_Então ta. Que dia quer ir falar com eles, posso marcar uma entrevista.

_Amanhã mesmo a tarde._ Abriu um sorriso enorme. Ficava linda, viajei um pouco em seu sorriso.

_Ok, vou falar que é urgente._ Percebi que Davis também.

_Bom. Já conversamos, já marcamos, agora é hora de voltar pra empresa._ falei me levantando até perceber que Kyle estava com a boca em meu terno, babando em tudo._ Não Kyle.

_Ah. Desculpa._ Demi o pegou de meu colo e limpou a baba com uma fralda de pano.

_Ta tudo bem._ falei olhando meu terno, depois olhei Demi de cabelo molhado._ Bem que eu queria ficar e aproveitar com vocês, mas...

_Eu também._ Davis riu pra Demi_ Gostei muito de te conhecer._ Falou pegando sua mão, depois a olhou de cima a baixo fazendo algo ferver em meu estomago._ Acho que o uniforme vai ficar ótimo em você._ Demi sorriu. Isso por que ainda não havia visto o uniforme.

_Da pra parar de cantar minha sobrinha e vamos trabalhar._ falei batendo em sua cabeça.

_Ok. Tchau Demi.

_Tchau._ falou rindo._ Foi bom te conhecer também.

 

 

_Acho que agora entendo o porquê de tanta preocupação. Ela é a maior gata._ Davis falava enquanto mexia em alguns papeis e escrevia no notebook, eu estava sentado na poltrona em sua sala ouvindo o que ele falava._ Se você deixasse, já estava lá com ela, e eu simplesmente adorei o filho dela, é fofo mesmo.

_E falando em Kyle, onde aprendeu pegar um bebê tão bem?

_Não sou igual a você meu querido, eu gosto de criança e espero um dia ter um filho.

_Serio?_ Fiquei assustado. Não conhecia aquele lado de Davis.

_É. Só que não consigo ficar só com uma mulher, então não sei se isso um dia irá acontecer.

_Foi o que pensei._ Peguei meu notebook e comecei a mexer em alguns documentos do trabalho.

Depois de horas terminei o trabalho e percebi que teria que viajar para outro estado para resolver o problema com outra filial. Davis já havia ido embora e sua secretaria também. Estava cansado e olhei para Lina, ela parecia bem vidrada no que fazia, abri a porta e olhei pra ela, estava precisando relaxar um pouco.

_Senhorita Bloom._ A chamei e ela me olhou. Levantou-se e veio correndo até minha sala.

_Sim senhor._ Me olhou preocupada._ Vai me passar mais coisas pra fazer? Por que já passou da hora de ir.

_Não, nada disso._ falei chegando perto dela._ Só quero terminar o que começamos no outro dia._ falei segurando sua cintura, ela pareceu um pouco nervosa. Segurou minhas mãos e tirou de sua cintura e passou por mim.

_Acho melhor não._ falou ainda de costas pra mim.

_Como assim?_ Não acreditei que ela estava fugindo de mim._ Por quê?

_Por nada._ Se virou pra mim assustada e eu percebi que tinha coisa ali.

_Já que não é nada..._ me aproximei dela enquanto ela chegava pra trás _ então por que está fugindo? Você queria.

_Mas agora eu não quero. Tem certeza que você quer?_ Ela perguntou e eu parei. Por que daquela pergunta?

_ Como assim? Claro que quero.

_O senhor não quer outro?... Outra?

_O que?_ perguntei nervoso. O que ela estava tentando falar?

_Nada._ saiu correndo até a porta.

_EI._ Gritei e ela parou com a mão tremendo na maçaneta._ Pode me falar o que está acontecendo. Por que está fugindo?_ Ela parou pra pensar e então se virou.

_Vou falar, mas espero que isso não interfira no meu emprego.

_Ta. Desembucha. _ sentei-me à mesa com os braços cruzados.

_Estão comentando que o senhor é... É gay.

_O que?_ me levantei num pulo._ Quem falou isso?

_Não sei quem começou a falar, mas eu comentei com minha amiga que trabalhava pra você e ela me contou que alguém falou isso pra ela.

_Ah claro, e então por que eu seria o maior pegador de MULHERES dessa cidade?

_ÉRR... Me disseram que você esconde quem é pegando todas as mulheres, mas na verdade você e seu amigo Davis tem um lance escondido.

_O que? Davis? E EU?_ Estava pirando, já estava andando de um lado pro outro puxando meu cabelo._ Logo Davis? Isso é uma baita e uma mentira._ Olhei pra ela._ Tem mais alguma coisa?

_Érr._ ela pareceu um pouco nervosa.

_Fala.

_Disseram que o que você tem entre as pernas é bem pequeno.

_Ah fala serio! Não é não, você quer ver?_ Comecei a tirar o cinto.

_Não, não, não quero._ Falou segurando minhas mãos._ Agora, será que posso ir embora?_ Olhei pra ela e arrumei minha calça.

_Pode. Obrigada, isso não irá interferir em seu emprego._ ela abriu a porta._ Ah, e é grande viu, quando quiser ver é só me chamar e não sou gay e não tenho nada com Davis.

_Ok. Tchau senhor Jonas._ e saiu.

Andei de um lado pro outro completamente irado, eu iria descobrir quem inventou essa mentira.

Fui até o PUB e me sentei em uma mesa. Rapidamente uma garçonete sexy apareceu. Pedi uma bebida bem forte. Enquanto bebia fiquei de olho em uma mulher que também parecia tirar suas mágoas em bebida. Fui até sua mesa e me sentei, ela apenas me olhou.

_Olá!

_Olá._ respondeu e percebi um sorriso em sua face.

_Afogando as mágoas?_ ela sorriu.

_É. Acho que sim._ Falou e me olhou._ E você?

_Trabalhando muito._ Ri e pisquei pra ela que sorriu e estendeu a mão.

_Prazer, sou Edna Monteiro.

_Prazer. Sou Jonas._ Apertei sua mão e o sorriso dela sumiu.

_Joseph Jonas?

_Eu mesmo_ Ela puxou sua mão e gaguejou.

_Érr... Acho melhor eu ir, nos vemos outro dia... Quem sabe._ e saiu andando. Me levantei a olhando.

_EU NÃO SOU GAY._ Todos olharam pra mim. Bufei saí dali o mais rápido que pude.

Cheguei em casa completamente transtornado, joguei minhas coisas em cima do sofá e me joguei no outro, passei as mãos no rosto e pelo cabelo.

_Oi. Demorou hoje. Já estou terminando a janta._ Olhei e vi Demi com um pano em cima do ombro, parecia uma dona de casa. Ri. Me sentei e bati a mão no assento ao meu lado. Ela me olhou e depois se sentou.

_ Você não sabe o quanto estou cansado, hoje tive que trabalhar muito. Tudo por culpa de outra filial, e descobri que vou ter que viajar.

_O quê? Pra onde?

_Los Angles, vou ficar de três dias a uma semana por lá._ falei. Estava completamente exausto.

_Vai que dia?_ Ela perguntou, parecia triste.

_Depois de amanhã cedo._ A olhei e segurei em seu queixo que parecia bundinha de bebê, era adorável._ Por que essa cara?_ Ela olhou pra suas mãos.

_É que... Eu não sei... Eu senti a mesma coisa que sentia quando você me deixava no Texas._ Meu coração pulsou forte ao ouvi-la falar assim.

_Ah qual é?_ A segurei colocando no meu colo e a abraçando._ Aqui é minha casa, mesmo que você não quisesse eu iria voltar.

_Eu sei._ falou colocando seu rosto em meu pescoço e seu hálito me fez arrepiar._ Eu só senti isso de novo. Mas ta tudo bem ok. É coisa besta de minha parte._A abracei bem apertado.

_Eu te adoro sabia?

_É. ... Eu também._ A coloquei no sofá e me levantei.

_Vou tomar um banho, preciso descansar.

_Joe._ Ouvi sua voz ao por o pé no primeiro degrau da escada, olhei pra trás, mas Demi não me olhava, continuava de costas._Posso te pedir uma coisa?

_Claro._ Ela se virou no sofá e me olhou.

_Me promete que você não vai dormir com nenhuma garota por lá._ A olhei com o cenho franzido.

_O que?_ Me aproximei dela e percebi seu rosto corado, mas ela não se atrevia a desviar seus olhos do meu. Ela mordeu o lábio me fazendo grudar os olhos ali.

_Só me prometa.

_Não posso te prometer isso Demi. Ainda mais por que por aqui as coisas não estão indo muito ao meu favor._ Ela suspirou._ Por que... Por que dessa promessa?

_Não é nada._ falou se levantando num pulo._ Vou terminar a janta e você vai tomar seu banho._ Segurei seu braço e ela se virou assustada. Ficamos nos encarando, soltei seu braço. Seus olhos brilhantes ficavam dançando enquanto olhavam em meus olhos.

_Eu ainda não entendi o porquê dessa promessa._ Ela abriu a boca pra falar, mas nada saía.

_Eu tinha que tentar._ Ficamos nos encarando, mas não perguntei mais nada. Senti um medo no fundo de meu peito se eu fosse mais além. Ela apenas se virou e saiu em passos largos em direção à cozinha. Subi as escadas e fui para meu banho.
 
Continuar...

COOOMEEENTEMMMMMMM!!!


BEKA!!!